Bate papo: Sacha Haim

Salar de Uyuni, na Bolívia. Foto: Arquivo Pessoal
Sobre como entrou no esporte: iniciei no balonismo aos 10 como navegador do meu pai, Salvator Haim, que foi convidado para ser sócio de dois pilotos ingleses que moravam no Brasil e queriam transformar o balonismo em um negócio (Jonathan Thornton e Lao Holland).
Local do primeiro voo: em 1984 com o Piloto Jon Thornton, Americana – SP.
Um momento de alegria: no balonismo, quando tirei o meu breve em 1992 ao completar 18 anos em Americana.
Um momento de tristeza no esporte: fechamento da ABB e suas consequências…
Um ídolo no balonismo: eu não tenho um ídolo, mas tenho uma grande admiração pelo meu grande amigo e piloto Catalão, Angel Aguirre, um exemplo de profissional e desportista que se dedica como poucos ao esporte como profissão e também como diversão e aventura!
Voo inesquecível: difícil definir um só por isso me dei a liberdade de escolher alguns! 
– Sobrevoo do Kilimanjaro na Tanzânia, junto com os Pilotos Uwe Schneider (Alemanha) e o Oscar Ayala (Espanha)
– Expedição Turpial na Amazônia, onde fizemos mais de 30 voos com 3 balões e 8 pilotos!
– Documentário 3 Chapadas e 1 Balão: sobrevoamos a Chapada dos Guimarães (e Pantanal), Chapada dos Veadeiros e Chapada Diamantina.
E muitos outros como: Salar de Uyuni (Bolívia), Foz do Rio São Francisco, Quilombo dos Palmares, Descida da Serra de Campos do Jordao, Alpes suíços, Pirineus (Espanha/França), Montserrat (Catalunha), Deserto do Aragon (Espanha), Pirâmides de Teotihuacán (México)…
Trabalhos realizados com o balonismo: voo de passageiros na Espanha (com a empresa KonTiki dos meus amigos Angel e Miguel),  documentários, reportagens e propagandas (Globo, ESPN, Bandeirantes, Record, SPORTV, TV3, TV Cultura, etc…) e inúmeras promoções no Brasil e no exterior para patrocinadores como: SCI, Reebok, Swatch, entre tantos outros.
Uma história engraçada: depois de algum tempo de namoro com a Roberta, decidimos passar um feriado escondidos em uma pousada no interior de Minas Gerais. O feriado começaria na 5ª feira e havíamos decidido que viajaríamos na 4ª à noite. No sábado antes da viagem, já com hospedagem paga e algumas roupas separadas para trilhas, recebo o telefonema do meu grande amigo catalão Angel Aguirre. Ele me convidava para passar um mês trabalhando na Espanha, e com isso teria como pagar a minha passagem e desfrutarmos juntos do esporte em comum… Comentei com a Roberta que mais que depressa topou a aventura. Abandonamos a viagem para Minas e partimos para a Espanha. Ela porém tinha pouca experiência com o mundo do balonismo e principalmente, não tinha ideia de como podia ser o meu de trabalho na Espanha… Para encurtar a história, no 3º dia, após um voo de passageiros com um balão 180, um outro num 210 e uma sessão de fotos no raiar do sol, ela sutilmente me disse: “- acho que não era bem isso que eu estava esperando, não tenho certeza de que estou gostando…”. Além do cansaço decorrente da diferença de fuso, ela dormiu, nas primeiras 4 ou 5 noites, em torno de 4 horas em média e ainda, durante o dia, aprendeu a dirigir uma van para 12 passageiros com uma carreta! (Afinal, a equipe éramos eu – piloto – e ela – resgate!) Digamos que as ruas nas pequenas cidades do interior da Espanha não são exatamente fáceis para manobrar uma van com carreta… nem vou entrar no detalhe de guardar um balão grande de passageiro em dois…
No final da primeira semana ela já estava curtindo, conhecemos lugares incríveis e voamos durante um mês por uma boa parte da Espanha. Hoje estamos casados há 12 anos e temos dois lindos filhos!!! 
Momentos de tensão: um voo com 12 passageiros em um balão 210 onde não conseguia sair de cima de uma linha de alta tensão, pousei finalmente a menos de 100 metros “do linhão” com menos de 5% no último cilindro…
Melhor campeonato que já participou: considerando-se a competição o campeonato que mais gostei foi o campeonato Sul Americano. Agora se for relativo a prazer, certamente o festival de Torres.
Projetos em andamento: Meus filhos e meu trabalho na Alfa Tennant. Vez por outra consigo escapar para um voozinho… Espero conseguir ainda realizar a travessia do canal da mancha, eu estava chegando no aeroporto no final do ano passado quando recebi uma ligação me avisando que o voo havia sido cancelado, a nova data é final de 2015…
Projetos futuros: Tenho vontade de continuar desfrutando do que o balonismo me deu de mais precioso, a oportunidade de conhecer pessoas e lugares incríveis. Seguirei buscando esta combinação deliciosa com toda a minha família já que meus filhos estão agora com uma idade que começam a desfrutar! Aproveito a oportunidade para agradecer à cidade de Torres e ao Bruno por manterem neste evento um ambiente acolhedor e um evento gostoso de se participar!
Mensagem para os leitores do blog: Eu adoro repetir uma frase piegas e quase brega que criei há anos, um pouco do que penso sobre o balonismo e sobre a vida: “Eu gosto de ser levado pelos ventos, mas pelos ventos que eu escolho!”
E por último uma frase catalã: “O que é mau feito não tem futuro, o que é bom feito não tem fronteiras”
Primeira volta ao mundo com o piloto Briam Jones. Foto: Arquivo Pessoal
Primeiro Ski Surf, balão formiga. Foto: Arquivo Pessoal
Surf balão sylvestre. Foto: Arquivo Pessoal
Albuquerque. Foto: Arquivo Pessoal
Alvo no mundial da Austrália. Foto: Arquivo Pessoal
Nau de Ícaros. Foto: Arquivo Pessoal
Campeão sul-americano de balonismo. Foto: Arquivo Pessoal
Chapada Diamantina. Foto: Arquivo Pessoal
Festival na Suíça. Foto: Arquivo Pessoal
Jogos Mundiais da Natureza. Foto: Arquivo Pessoal
Foz do Iguaçú. Foto: Arquivo Pessoal
Mont Serrat. Foto: Arquivo Pessoal
Mont Serrat. Foto: Arquivo Pessoal
Torres. Foto: Arquivo Pessoal
Mundial na França. Foto: Arquivo Pessoal
Rio São Francisco e Quilombo dos Palmares. Foto: Arquivo Pessoal
Rio São Francisco e Quilombo dos Palmares. Foto: Arquivo Pessoal
Rio São Francisco e Quilombo dos Palmares. Foto: Arquivo Pessoal
Rio São Francisco e Quilombo dos Palmares. Foto: Arquivo Pessoal
Salar de Uyuni, na Bolívia. Foto: Arquivo Pessoal
Salar de Uyuni, na Bolívia. Foto: Arquivo Pessoal
Kilimanjaro, na Tanzânia. Foto: Arquivo Pessoal
Kilimanjaro, na Tanzânia
Kilimanjaro, na Tanzânia. Foto: Arquivo Pessoal
Tap no sul americano. Foto: Arquivo Pessoal
Amazônia: Foto: Arquivo Pessoal

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