Aconteceu no último final de semana (10 e 11 de dezembro) a 1ª edição do Festival de Balonismo em Balneário Gaivota. Onze balonistas participaram do evento, que também teve diversas atrações paralelas. Não tenho a menor dúvida em afirmar que os balões conquistaram o coração da cidade catarinense. Vou contar o que rolou por lá logo a seguir.
Saímos eu e minha noiva daqui de Torres na sexta-feira a noite. Balneário Gaivota é aqui do lado, 30 minutos de carro. Chegando na cidade já tive a primeira e agradável surpresa: uma linda estrutura havia sido montada para receber os moradores e turistas que desejavam conhecer a beleza dos balões. Resolvemos não parar e ir direto para o hotel, pois teríamos que acordar cedinho no sábado para iniciar o trabalho com os balões.
Sábado. Cinco horas da manhã. Chuva na Gaivota. No grupo do wahts, o organizador Murilo Gonçalves adia o primeiro briefing e o cheking, previsto inicialmente para acontecer às 5:30h para as 7h. No horário marcado, começamos o briefing e o cheking dos pilotos na tenda das atrações paralelas do festival. Murilo desejou as boas vindas as equipes e falou um pouco sobre a organização do evento. Enquanto isso, ainda garoava lá fora, porém sem vento. Até que a chuva deu uma trégua e foi resolvido que não haveria voo competitivo naquela manhã, mas que quem quisesse voar para prestigiar a cidade ou fazer uma apresentação cativa no Parque do Balonismo estavam liberados. E foi o que aconteceu. Tivemos na manhã de sábado balões no céu e na terra, dando uma amostra do que este esporte pode proporcionar a uma cidade que deseja ter um evento desta magnitude.
Enquanto os balões não surgiam no horizonte, aproveitamos para conhecer os stands do evento. Nos apaixonamos pelo artesanato, que trabalho lindo aquelas mulheres fazem. Minha noiva não resistiu e comprou três balões feitos de MDF para colocarmos na nossa casa depois de nos casarmos, em 2017. Havia também um grande espaço para as imobiliárias, maiores apoiadoras para a realização do festival de balonismo. Arena de shows, com atrações na sexta e no sábado também foi um ponto alto, sem falar nos food trucks, uma tentação ao ver tanta variedade de comida e bebida que eram oferecidos.
Mas voltamos aos balões. Logo após o deslocamento de algumas equipes, começaram a surgir os primeiros gigantes coloridos na direção da BR 101. No fundo musical, muito rock and roll, e na locução oficial, o querido radialista Nelson Peres. Impossível não se sentir em casa. Parecia que estávamos em Torres. Nelson entrevistava algumas pessoas e todas eram unânimes em dizer o quanto estavam felizes com a realização do evento em Balneário Gaivota.
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Sábado. Cinco horas da tarde. Era hora de voltarmos para o parque do balonismo para a realização do briefing da tarde. Resolvemos adiar um pouco por causa do vento que soprava forte. Com o passar do tempo, ele foi diminuindo, e alguns balões então decolaram e tentaram fazer duas provas, porém em forma de treino: fly in e Gordon Bennett. Um bom público já estava presente nas arquibancadas do local e puderam presenciar, com a magia da narração do Nelson, as excelentes marcas dos pilotos Luciano Gross e Ricardo Lima. Foi de arrepiar a vibração das pessoas.
Já eram quase nove horas da noite quando os balões começaram a se preparar para o night glow, o ponto alto deste primeiro festival de balonismo. Onze balões conquistaram os corações dos presentes com a belíssima apresentação regida pelo locutor, com uma bela canção de fundo. No fim da apresentação a organização autorizou a abertura dos portões para que o público pudesse conhecer os balões de perto. Nesse momento o que já era um namoro, virou casamento. Foi incrível ver a reação das pessoas chegando perto de um balão pela primeira vez. Nelson Peres entrevistou uma senhora de 81 anos de idade que estava emocionada, chorando mesmo, com a beleza e o espetáculo que aquela noite havia proporcionado pra ela, que nunca havia visto um balão antes. Foi uma noite inesquecível.
Domingo. Seis horas da manhã. Muito sol e calor. Três provas foram lançadas as pilotos: fly in, máxima distância com duas marcações e uma Gordon Bennett. Infelizmente nenhum dos participantes conseguiu concluir as tarefas, mas já valeu o show que eles puderam dar sobrevoando toda a cidade. Na parte da tarde, o vento infelizmente não colaborou e o voo teve de ser cancelado, afinal, no balonismo, a segurança deve sempre vir em primeiro lugar. Foi um final de tarde triste, por que além de não ter balões, tive o desprazer de ver meu time cair para a segunda divisão e ter que aturar a flauta dos amigos gremistas, mas faz parte, vida que segue.
O encerramento do 1º Festival de Balonismo em Balneário Gaivota foi dentro da estrutura montada para as atrações paralelas. Por incrível que pareça, o evento não teve um campeão, já que todos alcançaram a mesma pontuação. Mas na minha opinião, todos os pilotos e equipes são campeões sim, por todo o carinho, desempenho e dedicação que tiveram com esse evento organizado com maestria pelo nosso amigo Murilinho. O troféu de “campeão” foi dado para a cidade de Balneário Gaivota, que nos recebeu e nos acolheu tão bem. Após a premiação, fiquei muito feliz em ver os feirantes cumprimentando e parabenizando o Murilo pelo evento, sinal que deu certo e que os objetivos foram alcançados.
Antes de encerrar não posso deixar de agradecer ao Murilo Gonçalves pelo convite para participar do festival, a minha noiva Clara pelo companheirismo e parceria (foi o primeiro evento de balonismo dela fora de Torres), a Giulia e ao Giovani pela parceria na equipe técnica e ao Gabriel Zaparolli pelas belas imagens clicadas pro site.
A semente foi plantada. Tenho certeza que darão belos frutos. Se Deus quiser, em 2017, teremos a 2ª edição do Festival de Balonismo em Balneário Gaivota. E Ele há de querer. Porque quando fizemos as coisas de coração, visando somente o bem, o sucesso é consequência. Vida longa ao Balonismo em Balneário Gaivota.
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