Participando do 2° Festival de Balonismo de T. Borba – PR

Por Carla P. Horn – BlogBalonismo

Precisamente dia 23 de fevereiro, foi colocada a primeira postagem no blog, sobre o acontecimento em Telêmaco Borba, e eu já me agitei, ao contrários dos guris, que só me diziam que era longe, que não tínhamos $$ e nem auxilio financeiro, era difícil a locomoção,etc. Com o reinício do ano letivo, o Festival foi ficando de lado, mas não totalmente esquecido. Tentamos por diversos meios e dias, contato com o organizador Adriano Perini, sem sucesso.

Mas justamente uma noite antes do evento, enquanto planejava minhas aulas, conversava com o piloto Ronaldo no MSN e ele me contava que estava com muito serviço e que estava indo pra um evento , questionei-o : “Telêmaco Borba” ?? Ele: “é”. Uma mistura de alegria,tristeza, desânimo me invadiu, mas ainda insisti se ele precisava de equipe de resgate, mas disse-me que estava completo…Escrevi antes de sair “quem sabe um mago ou uma fada me ajuda”. Mal dormi a noite e fui trabalhar no outro dia muito frustrada. Fisionomia tristonha, coisa que meu amado não pode ver, e então, à tarde começou a se mexer para tentarmos ir, mesmo ele com a perna enfaixada.

O balonismo tem sido uma incógnita pra nós, ainda mais agora com o Lucas com cirurgia urgente marcada. Ligação para a vó que mora lá no Paraná, contar os trocos, ajustes na escola, horário de ônibus,conexões, etc. Conseguimos comunicação com o Adriano que ficou de nos dar uma resposta, mas assegurando que o evento era pequeno, muito diferente do de Torres…Insistimos que queríamos divulgar no blog, mas..ficou assim, por nossa conta e risco.

Tudo acertado para a viagem, sorriso no rosto novamente. Um piloto amigo, ainda nos disse que não valeria a pena irmos tão longe para ver 5 balões…ah, ele não sabe a dimensão do meu amor…pode ser um só!!

Após uma viagem de 15 horas , atravessamos o estado de Santa Catarina e depois de Curitiba, chegamos a Telêmaco Borba. Logo que encontramos o sorriso da vó e demais familiares, saímos com o chimarrão para procurarmos o possível hotel que estariam os pilotos. Com sorte, na primeira quadra encontramos as caminhonetes (uau) e o piloto Ronaldo que comentei : “eu disse que viria” . Vimos o Renan, o Rodrigo, o Homero, o Elcio e o Perini, que nos convidou para irmos juntos verificar o vento e uma possível decolagem.Claro!Claríssimo!Já estávamos dentro da caminhonete do Perini.

Lá no local,o trevo de entrada na cidade, Ronaldo, Renan e Homero preparam-se para inflar seus balões.Nosso amigo, Wellington, de Goiânia, chegava e o Luiz Paulo ainda era aguardado, enquanto conhecíamos a Renata e o Amarildo, esportistas e futuros pilotos, que acompanhavam o Renan.

Ainda tomando chimarrão e sem bateria na digital, fui com o celular mesmo registrar os movimentos da inflagem do balão do piloto Ronaldo de São Paulo. Depois o balão “desenhado” do Homero, o Renan já estava voando também.

Mesmo não trajando roupas adequadas, larguei o chimarrão e não resistimos. Fomos auxiliar o Adriano na inflagem do seu balão verde e branco.

Estar em uma caminhonete de resgate é tudo de bom mesmo, e lá estávamos nós novamente, abaixo do balão do Perini, que realizava um espetáculo sobre a cidade, pertinho dos telhados das casas, prédios e fazendo com que as pessoas olhassem para cima apavoradas. Enquanto procurava um lugar adequado para pouso para o lado onde o vento havia carregado-o, pois a cidade não possui muitos terrenos baldios e sem fios, sem falar no rio que atravessa o local…
Para surpresa da população, o piloto pousou no pátio de uma casa, em um espaço mínimo, mas com cuidado, desinflamos o balão e depois charutamos ele. Com o auxilio dos vizinhos carregamos o cesto, cilindros, maçarico, e o envelope até a rua onde estava a caminhonete.

Disponibilizei para algumas pessoas o endereço do blog para enviarem fotos e comentários, afinal o blogbalonismo é construído por todos que gostam do esporte, antigos veneradores como eu, ou pessoas que vêem , gostam, assustam-se pela primeira vez com a função toda.

Ainda seguimos até uma grande empresa da cidade para auxiliarmos o resgate do balão escuro e lindo do piloto goiano Wellington, enquanto a sua equipe apreciava a paisagem…chegando em seguida.

Voltamos para fazer um refil diferente, com um cilindro de p45 alcançado no cesto aos demais cilindros.

Soubemos também que o Luiz Paulo ainda não havia chegado teria “quebrado a sua caminhonete”, queria revê-lo, pois é um piloto muito importante nesta minha história toda.

Sorrisão e apesar do cansaço e da incredibilidade dos demais pilotos por estarmos lá, aguardávamos o dia seguinte, torcendo para ser fantástico e com ótimos ventos.

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