Túnel do Tempo: Balão processador tentará voo inédito em Ilha Bela

16/05/2002

A equipe do Balão do Processador Intel Pentium 4 vai tentar uma façanha inédita nos dias 17, 18 e 19 deste mês, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Os balonistas Rui Kalousdian e Luiz Eduardo Consiglio pretendem atravessar o canal entre Ilhabela e São Sebastião com o balão a ar quente patrocinado pela Intel, a maior fabricante de processadores do mundo.

O voo de alto nível técnico de pilotagem e navegação, segundo especialistas em balonismo, tem decolagem em Ilhabela e o objetivo é aterrissar no continente, em alguma praia de São Sebastião, já que não é possível determinar com exatidão o ponto de aterrissagem. Apesar de a distância ser relativamente pequena, cerca de oito quilômetros de extensão, a técnica de navegação será fundamental. As tentativas de cruzar o canal estão previstas para as primeiras horas do dia (por volta de 5h30 da manhã).

“Após a decolagem, não teremos local para pouso sob o balão, somente água, até chegar ao continente. Como o balão não é dirigível, apenas pode ser navegado nas correntes de vento”, explica Consiglio. “Por isso, teremos que estar o voo inteiro atentos às camadas de vento mais favoráveis para atingir nosso objetivo”, acrescenta Rui Kalousdian.

Em 2001 foram realizadas com sucesso duas etapas do projeto Processador Intel Pentium 4 Adventures, o estabelecimento do recorde brasileiro e sul-americano de altitude, duração e distância em voo de balão de ar quente, e o primeiro sobrevoo com balões de ar quente sobre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A primeira etapa, realizada na cidade de Pirassununga–SP, caracterizou-se por um voo complicado, do ponto de vista de planejamento técnico, já que envolvia grandes altitudes, onde nenhum balão brasileiro havia chegado. Na ocasião, foram realizados estudos aprofundados sobre o uso de gás propano no maçarico, definição de curvas de carregamento permitido ao longo do perfil de altitude, utilização de máscaras de oxigênio, roupas de proteção ao frio, entre outros.

No sobrevoo dos Lençóis Maranhenses, mais uma aventura inédita com balão de ar quente, a característica mais marcante foi a necessidade de uma pilotagem mais arrojada, uma vez que a intensidade dos ventos no Maranhão freqüentemente estava muito próxima do limite operacional do balão.

Ainda neste ano, a equipe promete sobrevoar o Pico da Neblina, o que envolve uma logística extremamente complexa, com helicópteros de apoio, que transportarão os pilotos até o local da decolagem e do local do pouso até a base em São Gabriel da Cachoeira. Será, também, um voo complexo, do ponto de vista de navegação, uma vez que também será sobrevoada uma região sem locais adequados ao pouso, somente árvores de grande porte.

Amanhã, saberemos como foi essa aventura!!!!

Bons Ventos!!!

Informe Sergipe

09/09/2009

Foto: Fabiana Assad

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