Um enorme balão e um pequeno gesto


O balonismo desperta em todos que tomam algum contato com o esporte uma alegria única pela beleza do colorido dessas aeronaves, grande dimensão do balão e, especialmente, porque voa e flutua. É uma sensação primordial do ser humano de sentir-se renascendo numa brincadeira e vivendo um sonho de liberdade.

Foi para levar essa alegria aos pacientes do Abrigo da Velhice S. Vicente de Paulo, em Rio Claro, que o Piloto Wagner Pascoalino e sua equipe, que conquistaram a 14ª colocação na classificação final do Open Brasil de Balonismo 2008, patrocinados por Milton Automóveis, levaram seu balão ao Abrigo, na manhã do último domingo, 29 de junho, para fazer uma demonstração aos internos da casa.

Toda a equipe de Wagner Pascoalino e a família de Milton deram um verdadeiro espetáculo de balonismo para os moradores do abrigo, que ficaram entre deslumbrados e emocionados, não só com a beleza do balão, mas principalmente com a atitude dessa equipe do bem. Esportistas que não mediram esforços em transportar o balão até aqueles que, até então, só tinham visto os balões a distância e bem alto nos céus de Rio Claro.

Puderam ver e apreciar todo o processo desde o transporte até a inflagem total do balão e verificar como é que a aeronave decola. As dúvidas que os idosos tinham sobre esse esporte foram esclarecidas, como a do sr. Sergio, que comentou: “É lindo, já tinha visto o ano passado, mas não tão perto como hoje”. Ele queria saber qual era o material da parte inflável do balão e se não pegava fogo. Ficou sabendo que é feito de um nylon especial antichamas, totalmente resistente.

Outra curiosidade foi da dona Iolanda que se sentiu muito emocionada ao se deparar com um “balão muito grande”. Ela quis saber o que era necessário para pilotar um balão e foi informada de que qualquer pessoa, acima de 18 anos pode fazer um curso com um instrutor, fazer as provas e ser habilitada pela Aeronáutica, recebendo o Brevê (uma espécie de Carteira de Habilitação para Pilotar o Balão). E por fim, a dona Dora ficou admirada em saber que para voar era necessário, além do piloto, de uma equipe de terra, incluindo navegador, motorista, charlie papa (um ajudante de ordens), e outros que dão apoio, inclusive familiares que formam uma vibrante torcida organizada.

Um outro depoimento muito sensível foi feito pelo Pe. Luis Ângelo Frisson que cuida do abrigo: “Estou feliz em recebê-los aqui, pois a vida das pessoas não termina numa cadeira de rodas e nem numa cama”, diz. “Temos de proporcionar a eles sempre um contato de emoção, de alegria, de colorido, de amor, pois essa visita está somando na vida de cada um deles, faz com que pensem mais alto e sintam que a comunidade os ama muito”, conclui.

Com esse gesto do piloto, da equipe e da família do Milton, todos poderiam se candidatar ao troféu Equipe Simpatia do Open Brasil de Balonismo. Esse pequeno gesto demonstrou o quanto o balonismo traz alegria para Rio Claro e também que essas possibilidades são infinitas.

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