A cidade de Boituva, no interior de São Paulo, tem começado os dias com o céu colorido nesta semana. Até domingo (19), 28 pilotos participam do Campeonato Brasileiro de Balonismo no município.
Entre os competidores, uma piloto chama atenção: a gaúcha Laís Pinho, de 28 anos. Nascida em Torres, no Rio Grande do Sul, Laís é a única mulher que participa da competição, em busca de pontos para se classificar para o campeonato mundial do próximo ano.
“A competição tem sido algo bem forte na minha vida. Esse é o terceiro ano consecutivo que eu participo do brasileiro, mas também tem os estaduais. Em agosto, eu participei do mundial na Polônia. O resultado não foi muito bom, mas eu trouxe muita experiência, muito conhecimento e um aprendizado gigantesco que eu não teria nem como comparar”, afirma a competidora.
Laís Pinho contou ao G1 que começou a voar aos 10 anos em Torres, cidade que sedia o maior festival de balonismo da América Latina. Com o passar do tempo, o que era um hobby se transformou em profissão.
“Quando fiz 18 anos, me formei como piloto. Comecei mais como um hobby e foi evoluindo. Atualmente meu trabalho é o balonismo”, completa Laís.
Além das competições, Laís trabalha como instrutora de voo e ajuda na fabricação dos balões de ar quente. A balonista acredita na importância da representatividade feminina no esporte.
Quando esteve na Polônia para o mundial, Laís competiu ao lado de outras quatro mulheres, entre os 43 competidores. Já no Campeonato Brasileiro em Boituva, a gaúcha é a única mulher da competição.
Campeonato
A 33ª edição do Campeonato Brasileiro de Balonismo é organizada pela Confederação Brasileira de Balonismo, com apoio da Prefeitura de Boituva. As atrações seguem até domingo (19), e a população pode acompanhar o espetáculo.
Durante a semana, os balões podem ser vistos no céu por volta das 7h30 e, no sábado (18), os pilotos vão fazer voos para o público a partir das 16h. Na praça da Rua Benedito Rodrigues de Melo, o evento também conta com música e food trucks.
“O balonismo é muito aberto, então não precisa de aglomeração para assistir às provas. É ir pra rua e olhar o céu que já consegue acompanhar”, explica Laís.
Essa é a segunda vez que Boituva recebe o campeonato. No ano passado, a competição teve que ser adiada por causa da pandemia de coronavírus.
A balonista Laís explicou ainda que, durante a competição, os pilotos realizam tarefas no céu todos os dias, e os pontos ajudam a classificar os competidores para o mundial. Para ela, o desejo é garantir o primeiro lugar.
“Eu tenho estudado muito, me preparado para que eu possa fazer um bom campeonato. E o primeiro lugar é sempre o desejo de todo mundo. O balonismo pra mim hoje é tudo. É hobby, profissão, esporte, lazer. Eu respiro balonismo”, finaliza a piloto.