CAPA DE JORNAL
Vento, sol, paz e silêncio
Reprodução sobre o jornal “Diário de Guarulhos”
 Texto publicado no jornal “Diário de Guarulhos” no último final de semana.
Alexandre de Paulo
Da Redação
 
A fascinação do homem por voar e o desejo quase onipotente de ver o mundo e as pessoas do alto se perde na noite dos tempos. O curioso é que uma vez no ar a sensação de poder se inverte e isso nos faz perceber o quão insignificante somos perante a grandeza da natureza. É bem provável que o homem pré-histórico fora o primeiro a ficar fascinado com a habilidade dos pássaros de navegar rumo ao infinito.
Graças à tecnologia moderna, no dia 15 de fevereiro, a Remax Impacto, empresa do ramo imobiliário
que tem filial em Guarulhos, realizou um voo de balão entre as cidades de Porto Feliz a Boituva (Interior de São Paulo), o que proporcionou aos participantes o prazer de provar as teorias revolucionárias de que um balão é mais leve do que o ar.
Ao longo da história há pelo menos uma centena de experiências mal sucedidas e até acidentes fatais na tentativa de dominar o ar, o mais sutil dos quatro elementos. Há uma grande controvérsia sobre a autoria do primeiro voo. Nós, brasileiros, assim como os franceses e outras nações irmãs creditamos a façanha a Alberto Santos Dumont. O 14-Bis foi a primeira aeronave a consumar um voo na história da aviação, em Paris, amplamente registrado e sem artifícios externos.
Os norte-americanos atribuem o ineditismo aos Irmãos Wrigth (mais especificamente Orville Wright). Especialistas argumentam contra o uso de trilhos e catapultas nas operações de decolagem das aeronaves dos irmãos Wright. Já o voo do 14-Bis tem a seu favor o fato de ser sido testemunhado pelo público e autoridades da aviação.
O que fora dado como fato é o primeiro voo bem sucedido de um balão de ar quente, protagonizado pelo “Passarola” (nome de batismo do balão), construído pelo padre e cientista Bartolomeu de Gusmão, um português nascido no Brasil colonial que alçou voo em 8 de agosto de 1709, na corte de D. João 5º de Portugal, em Lisboa. A experiência teria falhado apesar de o invento ter se elevado acima do solo durante alguns momentos. Não há descrições detalhadas do aparelho, provavelmente porque foram destruídas pela Inquisição, mas alguns desenhos fantasiosos da excêntrica aeronave estão impressos no periódico “Wienerische Diarium”, de 1709.
Segundo uma crônica do período, o aparelho consistia em “um globo de papel grosso, metendolhe no fundo uma tigela com fogo”, e teria voado por “mais de vinte palmos”.
Reprodução sobre o jornal “Diário de Guarulhos”
Guarulhenses aprovam o voo
O deputado estadual Alencar Santana (PT-SP), 35 anos, que acompanhado de outros guarulhenses pela primeira vez fez um voo de balão entre as cidades de Porto Feliz a Boituva (Interiro de São Paulo), numa bela manhã ensolarada no dia 15 de fevereiro. “Foi uma experiência muito gostosa. Uma situação agradável de fazer um voo com calma e segurança, que permitiu observar toda a paisagem da região, que é muito bonita. Sensação única e diferente de todas que eu já vivi até o momento”, disse.
O balão alçou voo às 8h em ponto e logo atingiu 400 metros de altitude, viajando com ventos entre 13 e 15 km/h. A aterrissagem ocorreu em Boituva, às 8h55. Para Carlos Camargo, 40, diretor da Remax Impacto, “voar é uma sensação única. Desde o começo, o sonho de voar está presente dentro de nós, liberdade, reflexão muitas mais sensações percorrem nossos corpos quando voamos. Trazendo esta sensação para os dias de hoje, quem voa está mais alto, está sobre as multidões, vislumbrando novos horizontes, atingindo altitudes ainda não imagináveis. E é assim que nós da Remax Impacto trabalhamos em nossa organização, um degrau de cada vez, porém para nós, o céu é
o limite”. disse.
“Quando pensamos em trazer a franquia imobiliária norte-americana para Guarulhos, sempre sonhamos colocar nossa cidade aos olhos do mundo”. Segundo Carlos, no mundo há mais de 80 balões Remax e “com muito orgulho o primeiro no Brasil voou em Guarulhos, por meio da nossa franquia”.
Já para Junior Garcia, 52, também diretor da Remax Impacto, “voar é estar livre, fazer parte da natureza, ficar mais próximo de Deus. Uma sensação inesquecível, sentir o vento, apreciar o infinito, e simplesmente perceber as belezas nas coisas simples. Fazer a nossa franquia crescer e atingir grandes altitudes, sempre de uma maneira simples, transparente, este é nosso objetivo”, disse.
Jacqueline Michelle, 25,analista da IBM, diz que “voar sempre foi uma paixão e voar de balão um sonho. Nunca me senti tão livre e tão segura com um suave tempero de adrenalina. Fiz amigos e graças à Remax tive a oportunidade de voar a favor do vento. Amigos baloeiros, me aguardem para a próxima aventura”, disse.

Competição
No próximo mês, entre os dias 31 de março e 3 de abril, a cidade de Jacareí, no interior de São Paulo, vai realizar o Campeonato Paulista de Balonismo. Luis Silvestre, piloto do balão Remax Impacto, já participou dessa competição cinco vezes e acumula dois vice-campeonatos. “Estamos muito bem preparados e agora que contamos com o patrocínio da Remax Impacto temos um motivo a mais para lutar e conquistar esse título inédito”, disse.
Luis, piloto nota dez
Foto: Carlos Camargo
Para o piloto profissional Luis Silvestre, 41 anos, atual campeão brasileiro (título conquistado em junho de 2011, em Rio Claro) e chefe da equipe RVB Balões (patrocinada pela Remax Impacto, de Guarulhos), o balonismo é um meio bastante seguro de voar, desde que as regras de segurança sejam cumpridas com rigor. Luis pratica balonismo desde 1998 e se formou piloto em 2000. “Comecei, como muitos, usando balões de papel, que na época eram permitidos e hoje são proibidos. Migrei naturalmente com os colegas. Sempre me encantei, desde pequeno, com balões. Quando conheci o balonismo não parei mais. Voo por gosto, por paixão”, complementa Luis.
Bons Ventos!!!!

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