A Favor do vento – Parte 02


Uma das localidades mais procuradas pelos turistas é o Vale do Loire, conhecido por reunir os castelos mais imponentes da França. Um vôo sobre a região, entre 300 m a 500 m acima do solo, a uma velocidade de cerca de 20 km/h, pode transformar-se numa verdadeira viagem histórica, rica em descobertas. Se os ventos permitirem, o passageiro será levado a visitar os châteaux mais famosos do mundo e a observar a beleza simétrica de seus jardins. Jane Janvier, diretora da France Montgolfière, especializada em roteiros aéreos por diversas partes da França, inclusive no Vale do Loire, diz que todo vôo pode trazer boas surpresas aos passageiros. “De manhã, é possível observar animais selvagens, como javalis, lebres, veados e cervos”, conta.

Os passeios realizados no fim da tarde também reservam cenas inesperadas. “Esta é a hora em que as famílias começam a preparar um churrasco no jardim de suas casas”, relata Jean-Christophe Brassard. Pierre Bonnet, diretor da Air Escargot, empresa que atua na região da Borgonha, afirma que em baixas altitudes é possível conversar com os agricultores que estão trabalhando nos vinhedos.

Se um vôo rasante a bordo de um balão permite aos passageiros o contato com quem está em solo, os realizados a altitudes entre 1.500 m e 2.000 m podem revelar a grandiosidade das paisagens francesas, como é o caso dos roteiros que sobrevoam a região dos Alpes. Gérard Issartel, da Alpes Montgolfière, explica que a decolagem é feita de uma plataforma localizada a 1.000 m de altitude. “Durante a viagem, é possível avistar o Mont Blanc”, ressalta.

Outra proposta é a de partir numa miniexpedição pelos ventos alpinos, por 510 euros por pessoa. Nessa modalidade, os vôos atingem altitudes mais elevadas – a aproximadamente 3.000 m –, são mais longos – com duração de duas ou três horas – e reservados para no máximo três passageiros. “São 360° de beleza no coração dos Alpes. Um visual realmente fora do comum”, afirma Issartel.

Diante de tantas possibilidades, como classificar um vôo de boa qualidade? Para Frédéric Ragot, da Air Pégasus, o primeiro passeio será sempre excepcional. “Porém, a aptidão do piloto em voar em altitudes variadas, o bom conhecimento da região, além de técnica para orientar o balão na direção desejada, influenciam diretamente a qualidade do vôo”, analisa. Os critérios que permitem avaliar o passeio são a distância percorrida – a partir de 20 quilômetros em relação ao ponto de partida –, a boa visibilidade, a travessia de paisagens variadas – como florestas, vales, rios, e vilarejos – e os pontos turísticos da região, além, é claro, de um pouso tranqüilo. “Informar-se antecipadamente e procurar profissionais regulamentados pela Aviação Civil Francesa também podem garantir um vôo agradável e seguro”, completa Issartel.(Continua)

Bons Ventos!!

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