Sérgio Jung, 49 anos, descobriu sua paixão pelo balonismo há 16 anos, quando pela primeira vez foi acompanhar o tradicional festival de balonismo em Torres.
“Era um feriado de maio, peguei minha família e fomos lá ver. Chegando na cidade pela manhã cedinho encontramos uns 30 balões voando e outros se preparando para levantar voo. Nós ficamos encantados. Foi amor a primeira vista. Depois desse não perdemos mais nenhum festival. Tentei voar por 3 anos seguidos no festival de balonismo, mas devido a grande procura e condições climáticas não consegui voar. Foi aí que decidi ir atrás de informações para adquirir meu próprio balão. Entrei em contato com Renato Alemão (instrutor) e ele me convidou para vim até Torres fazer um voo antes de comprar um balão” conta Jung.
Em julho de 2015 o amor pelo balonismo deu um passo a mais, quando, juntamente com a esposa Lenir, voou pela primeira vez.
“Durante o voo tive certeza de que era o que eu queria”, observa Jung, que acabou adquirindo o seu balão, em setembro daquele ano.
“Para pilotar o seu próprio balão, é necessário ter habilitação, fiz minhas aulas com Renato Alemão de SP, ele se impressionou com o meu desempenho, peguei tudo com facilidade durante as aulas, hoje sou piloto profissional com 267 horas de voo”.
Jung explica que são necessárias 16 horas de voo para retirar Carteira de Piloto. Contudo, dependendo do aluno são necessárias até 25 horas, além de exames psicológicos, toxicológicos e físicos. Depois disso, a cada dois anos é feita a renovação de todos os exames.
Jung, que é pai de duas filhas, Ana Paula e Angélica, atualmente possui dois balões: um de 2.200 m³ com o qual é possível fazer voos com até duas pessoas. O outro é de 4.000 m³, que leva até 6 pessoas.
O piloto revela que logo será possível que seus dois balões estejam no ar ao mesmo tempo, tendo em vista que sua filha Angélica está se preparando para ser piloto.
“Voar de balão é uma sensação inexplicável. Uma paz. Só quem voa sabe. Você flutua no ar com uma vista incrível. Os voos são tranquilos e sem turbulência. Já levei muitas pessoas para voar, todas ficam encantados e querem repetir, relatando ter sido uma das suas melhores experiências já vividas”, diz Jung.
A equipe de Sérgio é sua família, contando com apoio da esposa e da outra filha, além de seus genros Gabriel e Juliano. Durante os voos, a equipe de apoio segue o balão por terra. “Temos muita confiança um no outro”, observa. As condições climáticas são fundamentais para um voo tranquilo, ocorrendo normalmente na primeira hora da manhã ou a tardinha.
Quando perguntado se o balonismo é considerado caro, Jung diz que isso depende do ponto de vista de cada um. “O gás propano é caro, gastamos 45 kg por voo, o que custa na faixa de 420 reais. Porém, é um esporte feito por pilotos apaixonados. Por este motivo, trabalhamos mais com amor do que com dinheiro”, assinala.
Uma vez por ano é preciso enviar o equipamento para Curitiba ou São Paulo para revisões onde os técnicos atestam o estado do balão. Ainda, todas as horas de voo são anotadas em uma caderneta, “como se fosse a quilometragem de um carro”, pontua o proprietário. O balão também possui documento como um automóvel e paga-se, anualmente, a documentação e o seguro total.
Sérgio Jung é proprietário da empresa Jung Balonismo Aventura. Interessados em fazer passeios, basta contatar pelo (51) 99877.7063.