Festival de balonismo esquentou o clima na fronteira

Milhares de visitantes de diversas partes do Estado aproveitaram a oportunidade para conhecer a cidade fronteiriça de Aceguá e ver de perto os balões.

No domingo, o frio deu uma trégua favorecendo uma bela tarde ensolarada de temperatura agradável. De acordo com uma das organizadoras do evento, Taciane Züge, nos três dias de atividades o número de visitantes se aproximou a 10 mil.

O balonismo é modalidade esportiva que está começando a crescer no Rio Grande do Sul, garante o presidente da Federação Gaúcha de Balonismo, Eduardo de Melo. No Estado a única cidade que realizava o festival é Torres, agora Aceguá pretende fazer com que o evento, faça parte do calendário oficial da cidade.

Na próxima semana, o céu de Santa Maria é que estará recepcionando os balões.

Detalhes do voo

Na primeira tentativa de voo que aconteceu na tarde da sexta-feira, nossa equipe de reportagem acompanhou as equipes, desde a escolha do melhor local para erguer os balões.

O piloto, Eduardo de Melo, durante a montagem do equipamento, conversou com a reportagem sobre o esporte. Com uma experiência de 15 anos na área, Melo que é natural de São Paulo, mas reside em Torres, consegue aliar o prazer do esporte com o trabalho.

Proprietário da empresa Strategie ele faz dos balões uma mídia alternativa, além de estimular o crescimento do esporte no Estado.

Os balões que estiveram em Aceguá podem levar de três a quatro tripulantes e tem 25 metros de altura e 3 mil metros cúbicos. No Brasil os maiores são de sete mil metros cúbicos, mas existem balões de 12 mil metros cúbicos. “De acordo com o volume do balão é que se determina a dimensão do cesto e o tamanho da equipe de voo”, argumenta.

Os custos para aquisição de um balão variam entre R$ 50 e R$ 60 mil. O gasto cada vez que o balão levanta voo é de aproximadamente R$ 800. Melo explica que as peças como o cesto, ventilador e o balão são fabricados no Brasil, os demais itens, são importados.

O material do balão é nylon, o combustível é gás propano e a gasolina é utilizada apenas para o ventilador. A condição ideal para voar é vento calmo. A altitude alcançada depende do vento, assim como sua permanência perto do solo. Quanto maior o vento, maior será a velocidade.

A prática do esporte

Melo explica que a Confederação Brasileira abre apenas duas turmas de balonismo por ano, e que o curso sempre ocorre em São Paulo. Isso justifica que existam apenas três pilotos no Rio Grande do Sul.

O balonista explica que a prática do esporte é regulamentada pelo Ministério da Aeronáutica e que o balão é considerado uma aeronave como outra qualquer, tendo prefixo, seguro e documentação. “Os balões têm a mesma legislação área de outras aeronaves”, salienta. Para pilotar balões é necessário ter uma licença, chamada de brevê.

Público encantado

Assim como a maioria dos brasileiros e uruguaios que estavam em Aceguá, o chinês Jiang Wzi estava vendo um balão, fora da televisão, pela primeira vez. “É muito interessante, vistoso”, declarou entusiasmado o engenheiro que há seis meses está trabalhando em Candiota.

Quem queria se aventurar no balão era a visitante de Melo, Paola Rodriguez. “Eu ia adorar subir”.

Curiosos sobre o destino do voo estavam os 10 integrantes das famílias Madeira e Minuzi. O patriarca Luis Madeira contou que a novidade atraiu todos à cidade vizinha. “É muito lindo, só queríamos saber como e onde eles vão descer”, conclui sorridente.

Bons Ventos!!!

Fonte: Jornal Minuano

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