Memórias do Balonismo: Meu primeiro voo na cidade de São Paulo

Foto: Inema

Matéria publicada no Inema em 04/01/2005

Luiz Paulo Gnecco R. Assis conta como foi o seu primeiro voo de balão sobre a cidade de São Paulo/SP, em 29 de maio de 2004.
Na verdade tudo começou quando o Piloto Chico do Balão WWF me ligou menos de 24 horas da realização do voo, me convidando para voar com outro balão e atravessarmos a região da represa Billings na divisa de São Bernardo do Campo e São Paulo.
Uma região com boa parte de mata atlântica muita água, muitos bairros e poucas opções de pouso.
Eu tinha um vôo promocional para o mesmo dia, mas algumas horas depois do horário que voaríamos, quase não aceitei por temer não dar tempo de realizar este compromisso, por outro lado confesso que meus olhos brilharam e a única coisa que perguntei ao Chico foi: tem NOTAM ? (NOTAM: é a autorização da aeronáutica para voar livre), quando ele me respondeu que sim, de imediato aceitei o desafio.
Foto: Inema
Detalhe, no mesmo dia tínhamos que viajar para Piracicaba-SP onde iria começar o campeonato brasileiro de balonismo e a maioria dos pilotos já estavam por lá realizando vôos de treinamento.
Marcamos as 5:30hs da manhã em um posto no começo da Rodovia dos Imigrantes, de lá partimos para o local que o Chico já tinha escolhido um dia antes, fizemos uma navegação e confirmamos o voo , começamos a inflar os balões na beira da represa próximo de uma balsa que mais tarde serviria para as equipes de apoio realizarem a busca.
Decolei primeiro, pois a intenção era fotografar o Balão WWF logo fiz o balão ganhar altitude para ver o visual, que me impressionou, de um lado a serra do mar de outro a metrópole em baixo muita água.
O voo que inicialmente planejei que durasse de 20 a 30 minutos durou 01 hora e foi realmente uma grande experiência, fiz muitas fotos e selecionei algumas para mostrar aqui. 
Pousei o balão no bairro de Parelheiros na zona sul de S.Paulo. 
Foto: Inema
A equipe de apoio que depois de atravessar a represa de balsa, estradinhas sem sinalizações, chegou ao local do pouso, guardamos rapidamente os equipamentos e corremos para o outro compromisso que já estava em cima da hora, mas tudo deu certo e conseguimos também realiza-lo com sucesso.
Não foi um voo no centro de São Paulo, mas pude vê-lo de um ângulo privilegiado, onde uma cidade que é conhecida pela enorme concentração de edifícios ainda tem espaço para a natureza.
Agradeço a equipe WWF e principalmente ao Chico pela oportunidade. 

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