Por meio de balão, Google quer conectar todo o mundo

Testes do “Project Loon”, iniciativa da Google que pretende disponibilizar acesso global à internet por meio de equipamentos instalados em balões estratosféricos, foram iniciados no último sábado (15/6) pela empresa. “A ideia por trás do Loon é que deve ser mais fácil conectar o mundo usando o que existe em comum: o céu”, explicou o diretor técnico do laboratório Google, Xichard DeVau, em entrevista à BBC.
De acordo com O Globo, 30 balões foram lançados na Nova Zelândia, com a finalidade de oferecerem acesso à rede em velocidade 3G para 50 pessoas no país que testarão a tecnologia. “É difícil levar a internet a muitas partes do mundo”, disse DeVaul.
Cada balão tem 15 metros de diâmetro e carrega antenas de rádio, computadores de voo, sistema de controle de altitude e painéis solares para prover energia ao sistema. Eles flutuarão na estratosfera, a uma altitude de 20 quilômetros, o dobro da utilizada pela aviação comercial. 
No ar por cerca de 100 dias e voando da direção leste para oeste, os balões irão promover acesso à internet em uma região de 40 quilômetros de diâmetro em torno de cada equipamento.
Um dos primeiros a testar a tecnologia foi o fazendeiro Charles Nimmo, que mora na pequena cidade de Leeston, na Nova Zelândia. Em sua casa, foi instalado um receptor do tamanho de uma bola de basquete que lembra o formato dos pins do Google Maps. No primeiro teste, Nimmo conseguiu acessar a internet por cerca de 15 minutos, até o balão que promovia a conexão afastar-se para fora da área de alcance.
Segundo a Google, durante os testes, o acesso será intermitente, mas o grupo espera construir uma frota com milhares de balões que poderá oferecer links confiáveis para a população que vive em áreas remotas. A companhia também planeja utilizar a tecnologia em áreas afetadas por desastres, onde a infraestrutura de telecomunicações for comprometida.
Para a equipe do projeto, o maior desafio é controlar a direção dos balões. DeVaul explica que a ideia é de que os equipamentos se movam para cima e para baixo, para alcançar ventos apropriados que possam controlar a direção do movimento.
“Nós não queríamos que eles fossem para onde o vento os levassem, nós queríamos que eles fossem para onde a internet fosse necessária em solo”, contou.

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