SANTA MARIA 2012
Pelos ares
Foto: Luis Reis
O aniversário dos 154 anos de Santa Maria passou, foi na quinta-feira. Mas há um presente que continua valendo para quem mora na cidade ou pretende passar por aqui no fim de semana. Nos ares, cerca de 25 balões poderão ser vistos frequentando pontos diferentes pela manhã e na tarde de sábado e de domingo. É o 4º Festival Internacional de Balonismo de Santa Maria, que começou na quinta-feira e vai até domingo.

Para o público, além da possibilidade de assistir ao espetáculo colorido ou pagar para voar, há atrações diurnas e noturnas no Jockey Club Santamariense. Já os competidores ganham novas histórias para contar sobre as aventuras vividas.

A programação do fim de semana do festival pode ser separada entre as atividades na terra e no céu. Aqui embaixo, os espectadores poderão conferir em várias regiões os voos que estão previstos para partir às 7h e às 14h, nos dois dias. A partir desses horários, há a expectativa de que o céu será invadido, no melhor dos sentidos.

O técnico de manutenção Carlos Eduardo da Luz, 30 anos, teve sorte na sexta-feira. Por volta das 8h30min, antes de ir trabalhar, ele acompanhou algumas equipes se preparando para alçar voo, perto dos trilhos no bairro João Goulart. Deu tempo de fotografar e filmar a agitação.

– Me convidaram para participar do resgate, mas não cheguei a ir. Fiquei com o coração na mão – conta Carlos Eduardo.

Atrações – Se a opção for aproveitar o que o Jockey Club tem a oferecer, lá os atrativos começam às 14h de sábado e de domingo, quando os balões estarão sendo preparados para a decolagem. Na sequência, haverá shows musicais e mateada.

Às 20h de sábado, ainda haverá o Night Glow, espetáculo em que os balões serão inflados e ficarão ao nível do solo. Tudo com entrada gratuita no Jockey, mas o público pode levar um quilo de alimento não perecível. O local ainda oferecerá arquibancadas móveis, estacionamento e segurança.

A competição – Os competidores também esperam ter um fim de semana movimentado. Nada a que eles não estejam acostumados. Desde quinta-feira, quando a programação teve início, a rotina dos envolvidos tem começado nas primeiras horas da manhã, quando eles verificam as condições do tempo. Boa visibilidade, vento calmo e ausência de chuva são os principais amigos do balonismo.

A cada dia, os pilotos têm provas competitivas em que precisam percorrer alguns pontos e chegar o mais perto possível de um determinado local. O campeão será quem somar mais pontos. Mas o que mais vale, segundo os competidores, é a diversão.

Até porque não é fácil manter esta rotina. Segundo Edeson Luis Buch, 46 anos, o Cebo, de Curitiba, que conduziu a equipe do Diário no voo da imprensa, na quinta-feira, o custo chega a R$ 70 mil em investimentos com cesto, envelope (como é chamado o balão) e equipamentos, como GPS, altímetro, variômetro, bússola, tanques de gás e maçarico. Sem falar na caminhonete de resgate.

E ninguém duvida que o investimento valha a pena, até porque sempre há boas histórias. Que o diga Amarildo Tozzi, 48 anos, o Macarrão, de Maringá (PR), que volta pela quarta vez. Ele sempre será lembrado pela edição de 2010, quando ficou preso pelo cesto do balão que bateu em uma torre de telecomunicações.

Imagine então o que já viveu o paulista Leonel Brites, 63 anos, diretor técnico do festival e um dos mais antigos balonistas da América Latina. Ele está na ativa há 41 anos.

– É gostoso, né? Porque o balão tem vantagem sobre outros veículos aéreos. Você sabe de onde vai sair, mas não sabe onde vai chegar. Nunca é monótono – define Brites.

Bons Ventos!!!

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