ESPECIAL
Bate-papo com Fabio Theodoro Ary

Está sendo um sucesso os bate-papos que venho trazendo aos leitores do BlogBalonismo, que é uma oportunidade de conhecer melhor os nossos pilotos. Dando continuidade, hoje publico uma conversa muito legal com o paulista Fabio Theodoro Ary. Confira:
Edu Libra e Fabio Ary. Foto: Arquivo pessoal
Sobre como entrou no esporte – Em 1990 minha mãe era colega de pós-graduação do Hélio Pellaes (Helinho, que hoje também é piloto de balão) que, na época, fazia equipe para o Leonel Brites. Nesse mesmo ano o Helinho nos convidou para assistir um voo em sua chácara em Itupeva-SP. Depois nos convidou para assistir ao campeonato brasileiro de balonismo em Piracicaba. Eu e meu irmão (George Theodoro Ary, que hoje também é piloto de balão) acabamos ficando o final de semana inteiro do campeonato em Pira ajudando a equipe do Leonel.
No ano seguinte (1991), com uma mochila nas costas, peguei o meu primo em Ribeirão Preto-SP (o Marcelo Farias, que hoje também é piloto de balão) e fomos assistir o campeonato brasileiro de balonismo em Goiânia. Chegamos alguns dias antes do campeonato e, como o Bruno Schwartz estava precisando de equipe, acabamos entrando na sua equipe e ajudando ele a se tornar Campeão Brasileiro naquele ano. Desde então não larguei mais.

Foto: Arquivo pessoal
Local do primeiro voo – Como passageiro: Em Goiânia, no dia de folga do campeonato brasileiro de balonismo de 1991. Voei com o piloto francês Olivier. Foi um voo lindo atravessando a cidade.
Como piloto: Em Piracicaba, onde fiz a maioria das minhas horas para tirar o brevê em 1996.
Um momento de alegria –  Foram muitos, mas o mais marcante foi poder estar na equipe ajudando o meu irmão (George) a ser Campeão Paulista de Balonismo em 2010, e depois podermos repetir a dose em 2011.
Foto: Arquivo pessoal
Um momento de tristeza no esporte – Foram poucos, mas tem 2 marcantes: As divergências geradas na ABB nos anos de 2006/2007 que ocasionou o afastamento de vários pilotos e amigos no nosso convívio. E o acidente do A. C..
Lugar mais lindo que já voou – Eu voei em vários lugares lindos, entre eles: Pirâmides de Theotihuakan (México), Torres-RS, e Campos de Jordão-SP.
Um ídolo no esporte –  Acredito que temos vários pilotos brasileiros que servem de exemplo e temos muito a copiar e aprender com eles. Entre eles posso citar: Leonel Brites, Rubens Kalousdian, Sacha Haim, Lupercio Lima, Bruno Schwartz, Feodor Nenov e o Fabio Passos.
Voo inesquecível – Foram vários, mas alguns mais marcantes, como o meu primeiro voo solo, a  primeira prova do primeiro campeonato como piloto e o voo sobre as Pirâmides de Theotihuakan (México).

Foto: Arquivo pessoal

 Uma história engraçada – Foram muitas. Se você quiser uma nova é só ficar perto do Leonel (risada na certa).

Leonel Brites em Piracicaba, no brasileiro de 1992. Foto: Arquivo pessoal

Momentos de tensão –  Um voo em 1996, pela manhã, em Sumaré-SP. Estava voando com um passageiro e pousamos em um gramadão bem legal, mas não tinha entrada para a pick-up. Como, pela direção do vento, tínhamos apenas um bairro de uns 10 quarteirões e depois era zona rural com muitos pastos, e ainda tinha cerca de um pouco menos de 2 cilindros de gás, resolvi continuar o voo. Mas o vento parou em cima desse pequeno bairro. Subi e desci varias vezes com o balão, mas só conseguia a influencia das pequenas térmicas que já começavam a surgir. Acabei conseguindo pousar, com a ajuda da fita de resgate e da equipe em terra, com menos de ¼ do último cilindro, em um pedacinho de rua, cercado por fios e muros com cacos de vidros. Mas como o pessoal que estava comigo conhecia do assunto, conseguimos baixar o balão na rua sem nenhum tipo de problemas.

Melhor campeonato que já participou – Cada um é especial a sua maneira, sendo piloto ou equipe. Foram muitos e todos especiais de alguma forma. Mas o que menos dormi e que mais dei risadas foi quando ajudei o Leonel na direção técnica do campeonato de 2003 em São Lourenço – MG.

Foto: Arquivo
pessoal

 Projetos em andamento – Meu projeto atual é minha reciclagem. Participei de muitos campeonatos em que tínhamos que pintar os mapas, colocar os alvos nos mapas, percorrer os alvos, não tínhamos GPS e nosso referencia eram sempre a bússola e o escalímetro. Agora estou me acostumando com o GPS, com o loger, com o TrakMaker.

Mensagem para os leitores do blog – O balonismo é um esporte lindo e vale a pena, tanto para quem está voando, tanto para quem está no resgate.
Para aqueles que pretendem virar piloto, meu conselho é começar fazendo equipe. Fazer equipe dá muita experiência. Procure aprender não somente com os pilotos, mas também com as pessoas que apóiam esses pilotos. Existem muitas pessoas (como a Marina Kalousdian, a Silvia Haim, a Katerina Passos, o Barreta, o Coringa, a Mara Bismarchi, entre outros) que preferem ficar no apoio e que tem muito, mas muito mesmo a ensinar.

Bons Ventos!!!!

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