Há seis anos, no Blog: Balão de verdade é aeronave, não ameaça o patrimônio e é esporte SÉRIO!!

Balão é uma aeronave utilizada no esporte e no lazer, conduzida por pilotos habilitados pela Aeronáutica e que só voam autorizados, sob as normas que regulam o espaço aéreo. Os balões a ar quente não devem ser confundidos com balões de papel, que ameaçam o patrimônio público e particular, são ilegais, causam graves incêndios nas cidades e nas matas. No Open Brasil de Balonismo – Rio Claro 2008, entre 25 e 29 de junho, mais de 20 experientes pilotos brasileiros e estrangeiros vão conduzir seus coloridos balões, com todo o profissionalismo e precisão que o esporte requer.
No Open Brasil de Balonismo – Rio Claro 2008, o único campeonato aberto realizado no país, todos os critérios técnicos internacionais serão aplicados. Este é um esporte com mais de um século no Brasil, praticado por quem respeita as regras do esporte e a natureza: ventos, altitude e temperatura. O balão, inventado em 1709 pelo padre brasileiro Bartholomeu de Gusmão, é considerado uma das aeronaves mais seguras do mundo, segundo as estatísticas aeronáuticas, trazendo emoção aos competidores e alegria ao público que acompanha os campeonatos.
O balão é composto de um envelope, que é a parte inflável feita de nylon especial com tratamento antichama – o globo colorido que vemos no céu. Feito em gomos, tem uma abertura na parte superior, chamada tap, composta por um sistema parecido com um pára-quedas, que, ao controle do piloto, permite a saída de ar quente, fazendo o balão descer. O cesto de vime é conectado a este globo por meio de cabos de aço, e ali são instalados o maçarico e os cilindros de gás propano que irá aquecer o ar.

Em média, são utilizados 45 kg de gás propano por hora para manter o balão voando, de acordo com as condições da temperatura, dos ventos e do número de pessoas a bordo. Numa competição, como o Open Brasil de Balonismo, os balões saem com combustível suficiente para até 3 horas de vôo e podem voar em altitudes de até 8 mil pés (aproximadamente 2,5 mil metros).
O balão se desloca na horizontal, na velocidade dos ventos. Nesta época do ano, em Rio Claro, os ventos, nas camadas mais próximas ao solo, não ultrapassam 10 nós e chegam a atingir 20 nós em camadas mais altas, ou seja, até 40 km por hora. Quando não há vento, ele flutua sustentado pelo ar quente.
O piloto usa luvas e camisa de manga longa para se proteger do calor do maçarico e do sol. Entre os equipamentos de bordo, estão o GPS, mapas da região de vôo, altímetro (que mede a altitude), variômetro (indica a variação da velocidade de subida e de descida), celular e rádio aeronáutico – equipamento obrigatório exigido pela Aeronáutica para coordenação de rotas de aeronaves. Em terra, há equipe de apoio na comunicação constante com o piloto, orientando sobre as variações no perfil de vento e mudanças de condições climáticas, principalmente na área dos alvos que o piloto deve atingir durante o vôo.
Todo o trajeto do vôo é registrado em um logger, que é um tipo especial de GPS, a que o piloto não tem acesso. Os loggers são utilizados para avaliação da performance dos pilotos durante as competições, conferência dos resultados obtidos, estudos, estatísticas e aprimoramento do piloto e do esporte. O balão, como outras aeronaves, passa por revisões periódicas e manutenção, sempre que preciso, para garantir as condições de segurança de vôo.
Para ser piloto é preciso ter 18 anos e tirar uma licença de piloto de balão de ar quente, emitida pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), cumprindo pelo menos 16 horas de vôo com um instrutor. A habilitação tem validade internacional. Mais informações sobre o brevê estão no site www.balonismonoar.com.br.
Foto: Aricio Filho

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