São Carlos deixa de faturar R$ 2 milhões sem o mundial de balonismo

Com o cancelamento do 21º Campeonato Mundial de Balonismo em São Carlos (SP), anunciado na sexta-feira (18), o comércio do município deixará de ganhar cerca de R$ 2 milhões, segundo o Sindicato dos Hotéis e Restaurantes. O presidente da Associação Comercial e Industrial, Alfredo Maffei Neto, disse que não calculou um valor do prejuízo, mas afirmou que o fim do evento trará perda financeira. Procurada, a Prefeitura de São Carlos informou que irá se pronunciar sobre a situação apenas na segunda-feira (21).
Ao menos quatro hotéis já estavam totalmente reservados por 15 dias para o evento que estava programado para ocorrer entre 20 a 27 de julho de 2014. “Agora temos que correr atrás de outros clientes, mas a cidade vai perder muito com isso”, afirmou Tiago Vlillani, presidente do sindicato.
A cidade de Rio Claro (SP) foi escolhida para sediar o evento. Neste sábado (19), representantes da Prefeitura e o presidente da Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) decidiram que o município vizinho seria a melhor opção.
A cidade garante que está pronta para receber as mais de duas mil pessoas que o evento deve atrair. “Nós temos uma equipe da Secretaria de Turismo preparada para isso. Estamos trazendo também a Secretaria de Esportes e todas as secretarias que podem ser envolvidas. Todo o setor de hotelaria da cidade será utilizado. Nós temos também como abrigar em alojamento, aluguel de chácaras ou casas”, disse o secretário de finanças, Japyr Pimentel.
Cancelado
O presidente da CBB, Edson Romagnoli, afirmou na sexta-feira em entrevista por telefone à EPTV, afirmou que a cidade não cumpriu os acordos estabelecidos e tanto a confederação quanto a Federação Aeronáutica Internacional entendem que a cidade não tem condições de receber o evento.
“Nós tivemos uma boa recepção em São Carlos quando a prefeitura se instaurou em janeiro de 2013 mas, de lá para cá, para que o evento ocorresse, a gente precisaria cumprir uma série de exigências, tanto com a Confederação Brasileira de Balonismo, quanto a Federação Aeronáutica Internacional. Não conseguimos cumprir todos os contratos previstos. É uma série de documentos que viabilizam o evento. O próprio contrato não foi feito”, explicou.

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