Há seis anos, no Blog: Balonismo em Piracicaba-SP

Viajar num balão pode ser mais simples do que você imagina pois não requer conhecimento nem preparo físico, basta ter vontade e embarcar nessa aventura. Todos os sábados e domingos o passeio pode ser realizado na cidade de Piracicaba, há 150 km de São Paulo. Para realizar o vôo, o equipamento é levado para o local de decolagem já pré-montado com um plano de vôo já existente. As correntes de vento foram estudadas para que nada dê errado no momento do balão subir aos ares.
Feodor Nenov, balonista e responsável pela Air Balonismo – empresa que cuida dos vôos panorâmicos em Piracicaba -, explica que para fazer um balão subir é necessário que o piloto tenha conhecimentos em metereologia, o que dá mais confiança a todos na hora de voar. Isso facilita também a integração da equipe do ar com a equipe de terra. O piloto, conta Nenov, passa um briefing para a equipe de terra, e durante o vôo vai confirmando as informações através do GPS. O altímetro também é usado para saber em que altura e a que velocidade o balão está voando.
O balão se movimenta pegando carona nas correntes de ventos, de acordo com a altitude em que se encontra, ou seja, dependendo da altura em que o balão está, conseguimos voar mais rápido ou mais devagar, além do vento também definir para que lado iremos, direita ou esquerda. Tudo isso você pode observar em um simples vôo panorâmico, mas o balonismo abrange mais do que isso. A Air Balonismo desenvolve projetos promocionais para várias empresas, feiras e eventos. E ainda tem mais, apesar de propiciar um vôo tranqüilo, você pode transformar o passeio em uma aventura, como Feodor Nenov faz, no mínimo, uma vez por ano.
O balonista possui um histórico em aventura e quando desenvolveu as atividades voltadas ao balonismo, aproveitou sua paixão aventureira para desenvolver projetos. Um deles foi sobrevoar o Monte Fuji em 1996. O piloto usou uma técnica de vôo em altitude já desenvolvida para sobrevoar lugares tão maravilhosos como este. O seu vôo alcançou seis mil metros de altura cruzando o Monte Fuji a 150 km/h.
Em 2001, chegou a uma marca de 9 mil metros de altura. Com a nova técnica adquirida, Nenov pretende sair do Chile numa corrente de jatos sobre os Andes, cruzar a Cordilheira, e chegar à planície da Argentina. Para isso é necessário um preparo físico mais elaborado, pois quando a pessoa está dentro do balão desenvolve uma atividade intensa, e quanto mais preparado estiver, mais conseguirá tomar decisões corretas. Além do preparo físico, é necessário também uma aclimatação e segundo Feodor, esse trabalho será feito nos Andes.
Sobre sua carreira, o balonista começou em 1988 e não parou mais, sempre disputando campeonatos por todo o Brasil. Além de pilotar balões há mais de 10 anos, Nenov é também montanhistas, o que facilita um pouco na hora de montar as rotas de aventura. Ao contrário do que muitos imaginam, projetos como estes acabam sendo muito seguros porque antes do balão subir são checadas todas as possibilidades de ocorrerem erros. No final das contas isso minimiza os prováveis problemas.

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